sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Opinião "Em Parte Incerta" de Gillyan Flynn

Sinopse:
Uma manhã de verão no Missouri. Nick e Amy celebram o 5º aniversário de casamento. Enquanto se fazem reservas e embrulham presentes, a bela Amy desaparece. E quando Nick começa a ler o diário da mulher, descobre coisas verdadeiramente inesperadas…
Com a pressão da polícia e dos media, Nick começa a desenrolar um rol de mentiras, falsidades e comportamentos pouco adequados. Ele está evasivo, é verdade, e amargo - mas será mesmo um assassino?
Entretanto, todos os casais da cidade já se perguntam, se conhecem de facto a pessoa que amam. Nick, apoiado pela gémea Margo, assegura que é inocente. A questão é que, se não foi ele, onde está a sua mulher? E o que estaria dentro daquela caixa de prata escondida atrás do armário de Amy?


Opinião:
Demorou mas foi. Primeiro, Marina, desculpa por ter raptado o teu livro durante mais de um ano, eu queria mesmo lê-lo, só não sabia era quando. E finalmente, já posso ver o filme.

Consigo descrever o meu sentimento ao terminar este livro em apenas uma palavra: deceção. Gostei da estória, mas esperava muito mais. 

O livro conta a estória de Amy e Nick que, depois de perderem os empregos, se mudaram da cidade de Nova Iorque para a cidade natal de Nick quando descobriram que a mão de Nick tinha cancro. A estória começa quando, no dia do seu quinto aniversário de casamento, Amy desaparece.
Primeiro, achei a história demasiado previsível, por volta da página 100 eu já tinha adivinhado o que tinha acontecido à pobre Amy. A escrita da autora, apesar de ser muito boa e de prender a atenção, não me ajudou nada, pois pareceu-me que ela, nos capítulos anteriores, dava pistas do que ia acontecer nos capítulos seguintes. Não consegui criar empatia com nenhuma das personagens. Desde o início que Amy me pareceu uma mulher rica, mimada, extremamente irritante e odiosa. E Nick, pareceu-me um pouco acanhado e habituado a que lhe resolvessem os problemas. Os pais da Amy são completamente intragáveis, os detetives não tinham personalidade nenhuma. Para mim, só se aproveita a Margo, irmã de Nick.

O fim, para mim, foi a pior parte. Aí sim, estava à espera que acontecesse outra coisa, que se fizesse justiça, por assim dizer. E aconteceu exatamente o contrário. Isso só contribuiu ainda mais para o meu ódio em relação a ambas as personagens.
 Ainda assim, reconheço que é um bom enredo, que tem tudo para prender as pessoas à estória e que, se não tivesse adivinhado o desfecho, de certeza que teria adorado o livro.

Depois de ler o livro, vi o filme. Só tenho a dizer que está fiel, que os atores fizeram um excelente trabalho e que me transmitiu exatamente o mesmo que o livro.
Dito isto, tenho mais um livro da autora em casa para ler, e com certeza lhe vou dar outra oportunidade.



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Música Sem Livro 2# - Carry On


Rubrica apresentada, vamos passar ao que interessa: à música.
Desta vez trago-vos duas playlists feitas pela Rainbow Rowell (Fangirl, Eleanor & Park) que serviram de inspiração para o seu mais recente livro Carry On.

Gosto muito das escolhas da Rainbow, especialmente para a playlist do Baz, que é só a minha personagem preferida do livro. As playlists incluem bandas como os Depeche Mode, Bombay Bicycle Club, Duran Duran, Jónsi, Cat Stevens, Joni Mitchell, Nick Cave e até Queen!

Não me surpreende nada que a Rainbow tenha bom gosto musical (ou um gosto musical que vai de encontro ao meu gosto musical) Enfim, espero que gostem das playlists do Carry On e que se sintam motivados a ler o livro.

(basta clicarem nos links abaixo para ouvirem as playlists na íntegra)

Uma playlist para o Baz.
Outra playlist para o Simon.

Se não vos apetecer ouvir tudo de uma vez, ficam aqui duas amostras musicais de cada playlist. A primeira do Simon, a segunda do Baz. 



Quanto a mim, vou ouvir as músicas mais uma vez e matar saudades do livro, vendo fanart espectacular (como esta ilustração abaixo) neste tumblr.


Fonte: Rainbow Rowell Tumblr
Fonte Imagem

p.s. Vou tentar não repetir muitas vezes a palavra "playlist" da próxima vez. Prometo! 

domingo, 22 de novembro de 2015

TAG: Hábitos de Leitura


Vimos esta tag no blog da Mafi e da Ne, Algodão Doce Para o Cérebro, e não resistimos a responder.

1. Tens um lugar específico na casa para ler?
Carla: Sim, normalmente leio no meu quarto, na cama ou no pouff. Mas de vez em quando mudo-me para o sofá da sala.
Marina: No meu quarto, mas na maior parte das vezes no sofá da sala.

2. Marcador ou Pedaço de Papel?
Carla: Marcador, tenho de dar uso à coleção. Mas, se não tiver nenhum por perto, qualquer coisa serve, até o telemóvel ou o rato do computador (cof cof).
Marina: Marcadores, claro. Só uso papel quando não tenho marcadores à mão.

3. Consegues parar simplesmente de ler ou tem de ser sempre no final de um capítulo ou a um certo número de páginas?
Carla: Tenho de parar sempre no fim de um capítulo. É um habito de há poucos anos, quando era mais nova parava em qualquer altura.
Marina: Regra geral, paro sempre no fim de um capítulo. Exceto quando é um livro muito bom, nesses casos é mais difícil para mim parar de ler, seja onde for. Nesses casos, só paro quando o sono ataca.

4. Comes ou bebes enquanto lês?
Carla: É mais provável beber alguma coisa do que comer.
Marina: Às vezes, bebo chá ou café...

5. Música ou TV enquanto lês?
Carla: Nem uma coisa, nem outra. Quando dou por mim já estou a cantar as músicas ou a ver TV.
Marina: Nope.

6. Um livro de cada vez ou vários ao mesmo tempo?
Carla: Vários livros ao mesmo tempo. Já nem me consigo lembrar da última vez em que estava a ler apenas um livro. Neste momento, tenho 4 a meio.
Marina: Um livro de cada vez, salvo raras exceções.

7. Ler em casa ou em qualquer lugar?
Carla: Em casa, nos transportes, em viagens, em casa de outras pessoas, desde que não seja na rua, qualquer lugar serve para avançar nas leituras.
Marina: Já experimentei ler na rua e é horrível, por isso, em casa. Ou melhor, num sítio sossegado e sem oscilações.

8. Ler em voz alta ou silenciosamente?
Carla: Silenciosamente.
Marina: Silenciosamente.

9. Lês para a frente e/ou pulas páginas?
Carla: De vez em quando, quando o livro é aborrecido ou quando não estou a gostar muito leio algumas páginas na diagonal.
Marina: Raramente pulo páginas. Só se o livro for muito mau.

10. Quebrar a lombada ou mantê-la como nova?
Carla: Já me preocupei mais com essas coisas. Normalmente tenho não dobrar a lombada, mas se acontecer também não é nenhum drama.
Marina: Se a lombada se quebrar pelo uso do livro, não me importo.
 
11. Escreves ou fazes anotações nos livros?
Carla: Não, nunca, escrever nos livros é crime.
Marina: Então isso faz de ti uma criminosa, Carla, escreveste no meu Memorial do Convento... :p
Às vezes aponto algumas citações que gosto, mas não no livro em si. Num caderno ou numa folha à parte.


Sintam-se à vontade para responderem à tag.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Opinião "Six of Crows" de Leigh Bardugo

Autor(a): Leigh Bardugo
Editora: Henry Holt and Company
Publicado em Setembro de 2015
Páginas: 465
Idioma: Inglês

Sinopse (Goodreads): Ketterdam: a bustling hub of international trade where anything can be had for the right price—and no one knows that better than criminal prodigy Kaz Brekker. Kaz is offered a chance at a deadly heist that could make him rich beyond his wildest dreams. But he can't pull it off alone...

A convict with a thirst for revenge.
A sharpshooter who can't walk away from a wager.
A runaway with a privileged past.
A spy known as the Wraith.
A Heartrender using her magic to survive the slums. 
A thief with a gift for unlikely escapes. 

Six dangerous outcasts. One impossible heist. Kaz's crew is the only thing that might stand between the world and destruction—if they don't kill each other first.


Opinião:

Eu sou uma fã de fantasia, mas confesso que estou a ficar um pouco farta de histórias sobre aquelas personagens especiais que se tornam heróis e eventualmente acabam por salvar o mundo de algo ou alguém horrível. São boas histórias, mas começam a ser repetitivas. É raro encontrar aquelas que oferecem algo de novo e surpreendente, que viram os clichés do avesso, se é que me entendem.

Six of Crows chegou em boa hora.

A história começa em Ketterdam, uma cidade infestada de criminosos e Kaz Brekker é um dos melhores. Determinado em conseguir concretizar uma vingança pessoal e em ganhar largas somas de dinheiro, aceita fazer o assalto mais impossível de todos os tempos: entrar numa Fortaleza de alta segurança - Ice Court - para capturar um homem cujos conhecimentos têm o potencial para destruir meio mundo. Para o ajudar, Kaz reúne um grupo pequeno e peculiar de pessoas: a sua espiã de confiança, um atirador que adora jogos de apostas, um fugitivo, uma Grisha poderosa e um condenado. 

Este é o quarto livro que leio da autora e embora tivesse gostado da trilogia "Grisha", não me tornei propriamente uma fã hardcore da Leigh Bardugo. Mas o Six of Crows foi algo completamente diferente.
Foi fácil render-me a estes seis putos marginalizados que são tudo menos heróis. Mas também não são propriamente vilões (excepto talvez o Kaz). Mesmo sendo criminosos, ladrões e assassinos, foi impossível não gostar de cada um deles.
Vivos, pragmáticos, ousados, ingénuos (pelo menos um deles) e fascinantes, todos eles têm o meu coração. Todos.
Não houve um PDV (ponto de vista) que não quisesse ler e não houve relação que não me apertasse e aconchegasse simultaneamente o coração.

Foi muito bom seguir o desenvolvimento de cada personagem ao longo da história e a forma como eles resolveram problemas. Aquela primeira cena com os Dregs (que é o nome do gang do Kaz), foi linda. LINDA! Podia muito bem entrar num qualquer episódio dos Peaky Blinders.
Os Dregs são praticamente os Peaky Blinders versão putos. 

Podia enumerar várias cenas que adorei...Mas não me quero alongar mais, caso contrário nunca mais sairíamos daqui e provavelmente dar-vos-ia spoilers.

No geral, foi uma história emocionante, cheia de provações e imprevistos quase todos superados. Quase, porque no fim as coisas complicam-se ainda mais, porque claro está, ninguém tem a vida facilitada, nem os próprios leitores.
Isto é o Kaz no fim
Recomendo esta leitura e mal posso esperar pela sequela, que para meu mal, só sairá no próximo ano. AGORA, espero que a autora seja sensata e não mate ninguém importante no próximo livro.

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Kaz leaned back. "What's the easiest way to steal a man's wallet?"
"Knife to the throat?" asked Inej.
"Gun to the back?" said Jesper.
"Poison in his cup?" suggested Nina.
"You're all horrible," said Matthias.
Kaz rolled his eyes. "The easiest way to steal a man's wallet is to tell him you're going to steal his watch."
― Leigh Bardugo, Six of Crows

sábado, 7 de novembro de 2015

Para Tudo! Chegou o Carteiro! - Outubro 2015


Este mês excedi-me um pouco na compra de livros, no total foram 10. Mas, são todos livros em segunda mão e, por incrível que pareça, os livros em inglês não custaram muito mais do que 3€.


Para não variar, não podiam faltar livros do Stephen King nas minhas compras. Desde o início do Verão que estou a tentar comprar todos os livros dele que consigo. Fiquei desapontada com o Revival, pois há uma edição linda que tem as bordas azuis e quando abri a embalagem e vi que o meu não tinha, fiquei triste.


A capa deste livro é linda! Adoro a forma como a imagem continua na contracapa.


Em Busca do Livro da Vida é o terceiro título da trilogia de Deborah Harkness e o único que me faltava. E foi também o livro mais caro deste mês, ainda que seja usado.
Já algum tempo que queria fazer a série do Brandon Sanderson, e quando uma amiga que ofereceu o o quarto volume que tinha repetido, decidi que era a altura certa para comprar o The Final Empire.
Li Amy and Roger's Epic Detour no verão do ano passado, e desde então que tinha andado à procura desta edição linda a um preço mais barato.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Opinião "Carry On" de Rainbow Rowell

Autor(a): Rainbow Rowell
Editora: St. Martin's Griffin
Publicado em Outubro de 2015
Páginas: 522
Idioma: Inglês


Sinopse (Goodreads): Simon Snow is the worst chosen one who’s ever been chosen. 

That’s what his roommate, Baz, says. And Baz might be evil and a vampire and a complete git, but he’s probably right. 
Half the time, Simon can’t even make his wand work, and the other half, he sets something on fire. 

His mentor’s avoiding him, his girlfriend broke up with him, and there’s a magic-eating monster running around wearing Simon’s face. Baz would be having a field day with all this, if he were here—it’s their last year at the Watford School of Magicks, and Simon’s infuriating nemesis didn’t even bother to show up. 

Carry On is a ghost story, a love story, a mystery and a melodrama. It has just as much kissing and talking as you’d expect from a Rainbow Rowell story—but far, far more monsters.


Opinião:
Carry On conta a história de Simon Snow, um miúdo que carrega nos ombros uma profecia que afirma que ele é o maior e mais poderoso mago que alguma vez existiu. Um mago destinado a salvar o mundo do infame e maléfico Humdrum.
O problema é que ele é o pior "Escolhido" de que há memória. Embora o seu poder seja de facto incrível, ele não o consegue controlar e isso é algo que o inquieta.
Snow só quer aproveitar o tempo que lhe resta na escola de magia de Watford, juntamente com a sua melhor amiga Penelope e a sua namorada Agatha, antes que o combate final aconteça. Mas as coisas correm-lhe mal. Os ataques de Humdrum são cada vez maiores, o seu mentor ignora-o e o pior de tudo, o seu maior rival em Watford (e colega de quarto) - Baz - não voltou para a escola no início do ano lectivo, o que o deixa num estado de completa paranóia.

Enquanto Snow não põe a vista em cima de Baz, não descansa. O que me deixou quase doida. Quando Baz decide finalmente aparecer, acredito que o meu alívio foi tão grande ou maior que o de Simon. E é quando o Baz aparece que a história se torna mais interessante.

O que parece uma obsessão por parte do Simon em relação ao Baz transforma-se gradualmente em algo mais saudável, mais passional e romântico... e a forma como a Rainbow Rowell o faz é gloriosa.


O Simon é o que se chama de "beautiful cinnamon roll" demasiado bom para este mundo, demasiado puro. E o Baz... o Baz é genial. É capaz de ser a minha personagem preferida (e a Fiona que é a tia dele). O Baz é um bully e muitas vezes parvo, mas no fundo é boa pessoa (ehh... ou vampiro, não sei, leiam).

Só tive dois problemas com este livro:
1. No início foi difícil concentrar-me na história sem comparar certas personagens e elementos com a história do Harry Potter;
2. O enredo em si foi confuso em algumas situações.

Como devem saber, esta história foi apresentada no livro "Fangirl" da mesma autora, como fanfics escritas pela personagem Cath... Passagens essas que li na diagonal, por não me interessarem ou porque não tinha paciência para ler uma história paralela. Então não tenho a certeza se a história deste livro tem alguma coisa a ver com as fanfics que a Cath escrevia... mas aposto que não tem nada a ver.

Não é dos meus livros preferidos da Rainbow Rowell, soube-me a pouco, mas não me desiludiu.

“I am going to die kissing Simon Snow. Aleister Crowley, I’m living a charmed life.” 
― Rainbow Rowell, Carry On 











Fonte Imagem gif